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quarta-feira, 25 de junho de 2008

Classes de Substâncias Dopantes

Existem 5 classes de substâncias dopantes: estimulantes, narcóticos analgésicos, diuréticos, esteróides anabolizantes e hormônios peptídicos.

  • ESTIMULANTES
Visam diminuir a sensação de fadiga. São usados por praticantes de esportes coletivos, como basquete, vôlei e futebol. Também servem para atletas de provas de longa duração, como a maratona e a marcha. Fazem parte desse grupo as anfetaminas, a efedrina e a cafeína. A cocaína, que também integra o grupo, não é considerada doping, já que provoca mais prejuízos do que benefícios ao desempenho físico. Continua proibida por uma questão de marketing social: haveria um escândalo e uma forte pressão da sociedade se o IOC resolvesse retirá-la da lista de substâncias proibidas no esporte. O mesmo ocorre com a maconha. a.Estimulantes (efedrina, cocaína, dimetamfetamina, cocaína, cafeína(se acima de 12 ug/l, na urina), fenilpropanolamina, etc.)
  • NARCÓTICOS ANALGÉSICOS

Não são usados para melhorar o desempenho mas para aliviar a dor. São empregados em quase todas as modalidades. b.Analgésicos narcóticos (metadona, morfina, heroína, fenazocina, etc.)

  • DIURÉTICOS
Atendem a duas finalidades: servem para perder peso (no caso de modalidades divididas em categorias por peso, como boxe, judô e levantamento de peso), ou para mascarar o doping - ao aumentar o volume de urina, o diurético faz com que os traços de substâncias apareçam mais diluídos no exame. d.Diuréticos (bumetanida, clopamida, mannitol, etc.)
  • ESTERÓIDES ANABOLIZANTES

São hormônios sintetizados e servem para aumentar a massa muscular. São utilizados em esportes que exigem força, explosão e velocidade, como levantamento de peso e atletismo. .Esteróides Anabólicos (colesterol, nondrolona, testosterona, bolasterona, etc.)

  • HORMÔNIOS PEPTÍDICOS

São substâncias naturais cuja molécula é formada por dois aminoácidos ligados (um peptídeo). Sua função principal é a fixação de proteínas no organismo. São utilizados em esportes de potência ou força pura, como arremesso, ciclismo, remo e levantamento de peso. e.Hormônios glicoprotéicos e peptídicos (gonadotrofina, EPO, IGF-1)OS

terça-feira, 24 de junho de 2008

Doping

Quando se fala de doping, todos pensamos no Ben Johnson ganhando a corrida de 100m na Olimpíada ou em Florence Griffith Joyner, a Flo-Jo, batendo os recordes nas provas de Seul. O corpo desses atletas, sua musculatura bem desenvolvida e torneada, sua performance nas competições esportivas deixavam dúvidas sobre o método que orientava o treinamento. Em toda a parte se ouvia as pessoas dizerem - "Ninguém consegue ter massa muscular desse tipo sem tomar um aditivo qualquer". Barrados pelo exame antidoping, esses atletas acabaram confirmando a existência de uma prática que grassava no mundo esportivo: o uso de substâncias proibidas que promovem o aumento da massa muscular e melhoram o desempenho esportivo. Essas substâncias, porém, não são de uso restrito dos profissionais do esporte. A moçada que freqüenta academias, que faz exercícios físicos com empenho a fim de deixar o corpo mais bonito a atraente, também toma esses remédios, ditos milagrosos, sem se preocupar com os sérios danos que provocam no organismo.

quarta-feira, 18 de junho de 2008

Casos famosos de Doping - Ben Johnson

24 de setembro de 1988, final dos 100m rasos masculino dos Jogos Olímpicos de Seul. No tiro do árbitro da prova, Johnson pula como atirado por molas na frente de todo mundo e numa arrancada impressionante abre mais de dois metros sobre todos os outros competidores até os 80 m da prova, perdendo um pouco de terreno para o segundo colocado, Carl Lewis, nos metros finais. Ao cruzar a linha de chegada, com o braço desafiadoramente levantado e o dedo indicador apontado para o alto mostrando quem era o número um, ele demoliu novamente seu próprio recorde, com a marca de 9s79, deixando o mundo estupefato e sendo primeiro homem do mundo a correr abaixo de 9s80 os 100m rasos, quando nenhum outro ainda conseguia correr a distância em menos de 9s90. Restou apenas a Lewis se conformar com o segundo lugar e com a marca de 9s92 a sua melhor performace, e num gesto de esportividade, enquanto Johnson procurava nas arquibancadas por uma bandeira do Canadá para dar a volta olímpica, cumprimentá-lo rapidamente e sem graça.
A mídia mundial enlouqueceu com o fantástico feito de Johnson, saudado pelos jornais de Toronto como “Benfastic!” (Ben+fast(rápido)+fantastic) para descrever a conquista. Dois dias depois, Johnson testava positivo no teste antidoping dos Jogos, era desmoralizado mundialmente, obrigado a devolver a medalha de ouro entregue a um sorridente Carl Lewis e tinha todos seus recordes mundiais anulados. As manchetes dos jornais canadenses trocaram para: “Por quê, Ben? Por que você fez isso?”

terça-feira, 17 de junho de 2008

Antidoping

A pegunta é:
Como detectar se um atleta realmente consumiu alguma droga?
O exame clássico é a análise no cromatógrafo, onde a presença e concentração de certas substâncias é detectada e comparada com padrões existentes. Para uma melhor precisão, o cromatógrafo pode ser acoplado com um espectrômetro de massa. O teste funciona muito bem com drogas como anfetaminas, cocaína, e derivados do ópio. A presença de qualquer substância estranha ao organismo, como um produto sintético ou derivado de planta, já é um indício de ato ilícito. O problema surge quando o atleta consome drogas que são os mesmos, ou muito similares, compostos que ocorrem naturalmente no corpo humano: hormônios de crescimento, esteróides anabólicos e a sensação do momento - eritropoetina - EPO.

quinta-feira, 12 de junho de 2008

Mecanismo de Funcionamento dos Esteróides

Desenvolvidos na década de 1950, os anabolizantes ou esteróides anabólicos são produzidos a partir do hormônio masculino testosterona, potencializando sua função anabólica, responsável pelo desenvolvimento muscular, e reduzindo o efeito androgênico, que responde pelas características masculinas, como timbre de voz, pêlos do corpo, crescimento de testículos. Quando administrada no organismo, essa substância entra em contato com as células do tecido muscular e age aumentando o tamanho dos músculos. Em doses altas, os anabolizantes aumentam o metabolismo basal, o número de hemácias e a capacidade respiratória. Essas alterações provocam uma redução da taxa de gordura corporal. As pessoas que os consomem ganham força, potência e maior tolerância ao exercício físico. Sem grandes esforços, elas atingem a meta de mudar a aparência rapidamente e a um preço acessível — uma ampola custa em média R$ 7 nas farmácias do país.
Embora essas drogas venham com uma tarja na embalagem alertando que o produto deve ser usado com indicação médica, no Brasil qualquer pessoa pode comprá-las sem receita em farmácias e academias. Nos Estados Unidos, onde o controle é rigoroso, esses produtos são comercializados basicamente no mercado negro, que chaga a movimentar quase US$ 1 bilhão por ano. Na França, na Dinamarca e em Portugal quem for pego com uma caixa de anabolizantes sem prescrição médica pode ser preso. "A solução não está em proibir a comercialização dessas drogas. É preciso encontrar um meio de combater o uso irresponsável e indiscriminado, feito com fins meramente estéticos", afirma o farmacologista Elisaldo Carlini, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e ex-secretário de Vigilância Sanitária na gestão Adib Jatene no Ministério da Saúde. Carlini alerta que muitos dos anabolizantes consumidos pelos jovens brasileiros têm uso veterinário no exterior. Estudos científicos mostram que o uso inadequado de anabolizantes pode causar sérios prejuízos à saúde, como problemas cardíacos, hipertensão arterial, distúrbios psicológicos provocados pelo aumento da agressividade, complicações hepáticas e redução de hormônios sexuais. Nos homens, pode haver diminuição na produção de espermatozóides, além de atrofia dos testículos e aumento das mamas. As mulheres podem apresentar aumento do clitóris e crescimento excessivo de pêlos. A lista dos prejuízos é extensa e incompleta porque, como não há controle, os jovens e atletas usam doses cavalares da droga, e efeitos colaterais desconhecidos ainda podem aparecer. "O mais preocupante é que os usuários sabem disso, mas ainda assim estão dispostos a correr o risco. É abuso de drogas mesmo", denuncia o farmacologista da Unifesp. Doses cavalares "Sabe-se que os jovens tomam de quatro a quarenta vezes a dose médica normal dos anabolizantes", afirma o pediatra e endocrinologista Pedro Solberg, professor livre-docente da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Mas conscientizá-los dos perigos dos anabolizantes é tarefa árdua. Muitos efeitos colaterais, como o infarto, demoram alguns anos para se manifestar, e outros, como a agressividade, são reversíveis com a suspensão do medicamento. "A maioria dos jovens toma anabolizantes por indicação de amigos. E se seus colegas não sofreram nada, eles acreditam que nada vá acontecer também", diz a endocrinologista Maria Lúcia Fleiuss de Farias, professora adjunta da UFRJ e presidente de regional do Rio de Janeiro da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia. Falar sobre os riscos dos anabolizantes torna-se ainda mais difícil quando a indicação da droga é feita pelo próprio professor da academia ou pelo médico, o que não é incomum. "Um estudo feito nos Estados Unidos mostrou que o adolescente começa a tomar anabolizantes influenciado em primeiro lugar pelos amigos, depois pelo farmacêutico, em terceiro pelos professores e treinadores e em quarto pelo médico. Esse jovem nunca vai pensar que a droga pode trazer prejuízos se foi o próprio médico que indicou", destaca o especialista em Medicina do Exercício Cláudio Gil Araújo, presidente da Comissão de Educação da Confederação Pan-americana de Medicina Desportiva. Consumo alarmante Pesquisa feita pela Escola de Educação Física da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) dirigida a profissionais ligados à atividade física, médicos, professores, treinadores, atletas e estudantes da área mostrou que a grande maioria dos 288 entrevistados (71%) concorda que o uso de anabolizantes vem crescendo de forma alarmante no Brasil, sobretudo entre adolescentes. "Eles querem mostrar-se fortes, musculosos, para obter destaque social, mas a maioria nega o uso de meios artificiais para conquistar essa performance" constata o professor de treinamento desportivo Fernando Vítor Lima, que coordenou a pesquisa. A consulta mostra que 75% dos entrevistadores acreditam que se o usuário declarar que usa anabolizantes para fins estéticos será discriminado nos meios esportivos. Entre atletas, esse uso é ainda mais condenado: 98% dos consultados acham que é uma forma desleal de competição. Nas contas de Lima, para se obter um físico musculoso, forte e bem-definido, é preciso um treinamento sistemático, intenso, durante pelo menos um ano. Os anabolizantes aceleram esse processo, produzindo resultados semelhantes em apenas dois meses. Mas para manter a musculatura obtida artificialmente, é preciso continuar consumindo a droga. "Quando se interrompe o uso, perde-se muito rapidamente o que se conquistou por esse meio. Manter um corpo musculoso torna-se então quase um vício", deduz o pesquisador da UFMG, que também é professor de musculação da academia Wall Street Fitness, em Belo Horizonte. Nas academias de musculação e nos grupos que praticam artes marciais, principalmente, o comércio dessas drogas cresce a cada dia. Em alguns locais do Rio de Janeiro o uso dos anabolizantes é tão disseminado que os alunos se matriculam e levam a caixa do remédio na primeira aula. "O consumo pelos jovens já é uma epidemia" confirma Pedro Solberg. Fernando Lima denuncia a comercialização desses medicamentos por pessoas leigas, que prescrevem altas dosagens de forma totalmente irresponsável. Nos meios competitivos, esse vício também se expande, e os atletas já conseguem desenvolver mecanismos de burlar os exames antidopping. Para se ter uma idéia, nas Olimpíadas de Los Angeles, em 1986, dos 1.480 exames feitos para testar o uso de anabolizantes, apenas sete confirmaram a presença dessa substância. Uma pesquisa realizada em 125 farmácias de Vitória (ES), entre abril e maio de 1993, constatou que foram vendidas 2.409 caixas de anabolizantes no período. "Só que 1.788 caixas (74%) foram compradas sem receita médica. E as outras 330 caixas foram vendidas com prescrição, o que também é estranho, já que a indicação de anabolizantes é muito restrita", afirma o médico especializado em esportes Luciano Resende, que chefiou o estudo e é também coordenador do controle antidopping da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) no Espírito Santo. A indicação médica de anabolizantes se restringe a pouquíssimos casos. O hipogonadismo, doença em que o homem tem uma baixa produção de testosterona (hormônio masculino) é um deles. Doentes com câncer terminal muitas vezes também fazem o uso do remédio para ganhar peso.